domingo, 13 de junho de 2010

Incerteza ou certeza?

Não sou adolescente, mas me tornei fã da saga Crepúsculo. Li os quatros livros e, de quebra ainda li Midnight Sun, a versão do vampiro Edward para o primeiro livro da saga. Não me tornei fã da saga porque a autora dos livros escreve maravilhosamente bem, ou porque sou uma apaixonada por histórias de vampiros, mas pelo o que a história contada pela Stephenie Meyer me passou.
Engana-se quem acha que os livros da saga contam uma infantil história de amor entre uma adolescente humana e um vampiro centenário. Na verdade, é um relato sobre um amor incondicional. Um amor que ama, cuida e protege. Sobre uma confiança que ultrapassa todos os limites, pois, não confiamos no que conhecemos quanto mais no que não conhecemos. Sobre lealdade, a lealdade entre os Cullen. Uma lealdade que, às vezes, não encontramos no seio de nossa família, quanto mais entre pessoas “estranhas”. E acima de tudo, a saga traz a baila um desejo surreal, impossível e fascinante: o desejo da vida eterna.
A eternidade é um assunto fascinante, que vem sendo tratado pela humanidade desde os primórdios. Prova disso são os alquimistas com sua pedra filosofal e seu elixir da imortalidade. Também, pudera, quem deseja envelhecer? Se olhar no espelho todas as manhãs e perceber que aquela linha de expressão não estava ali ontem? Acompanhar o acúmulo da flacidez em detrimento da firmeza da pela? Ver o efeito da gravidade sobre seu corpo? Ou pior, quem quer enfrentar a morte? A morte. Ah, a morte! Inimigo silencioso, realidade injusta, que sem pedir licença nos tira tudo. O amor, a alegria, nossa família e o nosso bem mais valioso: a vida!!!
E quem não deseja viver? A vida! Sim! A vida! Não há coisa melhor que viver, mesmo com as incertezas do amanhã. Acordar todos os dias com a perspectiva de um novo dia. De encontrar o amor, para quem ainda não o encontrou, ou de revê-lo para quem já o conhece. Viver por mais um ano, um mês, uma hora, mas viver!
Quem nunca sonhou com a imortalidade? Com a eterna juventude? Com um amor perfeito que pudesse durar “forever and ever”?
A saga Crepúsculo abriu as portas da minha imaginação e fez-me sonhar com o amor eterno, com a imortalidade e com um mundo de possibilidades que ela traz. Fez-me perceber que se pudesse escolher, escolheria a incerteza da eternidade. De viver as surpresas de cada dia, sem saber como eles irão terminar, mas tendo a certeza que haverá outros dias incertos e não a certeza de que em algum momento não haverá um novo dia...
E você? Se você pudesse escolher, o que escolheria? A certeza da morte ou a incerteza da eternidade?