domingo, 25 de outubro de 2009

Amor ou Sexo?

Realmente existe diferença entre fazer amor e fazer sexo? Mulheres fazem amor e homens fazem sexo? Mulheres não podem dormir com homens na primeira noite? De onde veio o conceito de que homens e mulheres possuem instintos sexuais diferentes? Eis perguntas que sempre me fiz.
Nunca entendi a necessidade das mulheres em se mostrarem pudicas até o último fio de cabelo. Qual o problema em uma mulher conhecer um homem, achá-lo interessante, se sentir atraída por ele (eu disse atraída, não apaixonada!), e não querer se casar com ele? E indo um pouco além, qual seria o problema se ela resolvesse dormir com ele, colocar em prática todos os seus fetiches, e exigir dele apenas orgasmos múltiplos?
Loucura? Não!
Para que tanta hipocrisia? Nós mulheres temos os mesmos desejos e os mesmos instintos que os homens. Adoramos uma bela bunda masculina na multidão. Sonhamos acordadas com aquele visinho maravilhoso. Traímos. Traímos sim! Quando não fisicamente, ao menos, em pensamentos.
Há algum tempo aprendi que somos todos animais, e agimos por instinto. E como os animais, no que se refere ao sexo, somos instigados pelo cheiro. O que nos atrai no outro ser humano não é o sexo oposto, o coração puro, ou mesmo a inteligência (Versão masculina: O que nos atrai no outro ser humano, não é o sexo oposto, a mulher melão ou mesmo a mulher melancia), mas sim, o cheiro!
Sim! Somos todos animais! Às vezes um pouco mais racionais que os macacos, outras, nem tanto. Mas quando se trata de sexo, não existem diferenças entre animais racionais e irracionais, existe a atração, o cheiro. Isso não quer dizer que podemos sair por aí transando em qualquer momento em qualquer lugar como os cachorros, por exemplo. (Não que essa idéia não agrade a ninguém, mas...)
Então, cientificamente qual seria a “desculpa” para a diferença de desejos entre homens e mulheres? A diferença não existe, ou melhor, existe dentro da cabeça feminina.
A verdade é que nos apegamos a religiões, a conceitos e pré-conceitos, transmitidos por nossas antepassadas, e esquecemos de nos apegar as nossas vontades, aos nossos desejos. Em alguns momentos até consideramos a possibilidade para logo depois, lembramos do: MAS O QUE ELES/ELAS VÃO PENSAR? O QUE VÃO COMENTAR SOBRE MIM? E esquecemos de pensar: VOU ME SENTIR FELIZ FAZENDO ISSO? FARÁ BEM PARA O MEU EGO? ME SENTIREI VIVA E REALIZADA?
Em uma ocasião meio conturbada da minha vida quando ainda não sabia lidar muito bem com esse negócio de ficar sozinha, conheci um cara muito legal. Amigo do namorado de uma amiga. Sabe aquela situação onde sua amiga quer te arranjar um namorado de qualquer forma, e tenta te empurrar todos os amigos do namorado? Então, esse foi o caso. Ela não me arranjou um namorado, mas uma noite INESQUECÍVEL!!!
E para ser sincera, não me senti a pobre coitada, usada ou como se fosse apenas o buraco do prazer alheio (desculpe pela comparação, mas uma grande amiga se sentiu assim quando fez sexo pela primeira vez, e o mais engraçado é que ela continua fazendo... vai entender!). Na verdade me senti O PODER! Me senti no controle do babado, algo assim: VEM CÁ MEU PUTO, POIS, É SÓ HOJE E POR ALGUMAS HORAS!!!
No dia seguinte acordei me sentindo ótima, me olhei no espelho, e percebi que estava radiante! Eu fui a protagonista da noite, e dei um show! E o coadjuvante, como acontece com a maioria deles, caiu rapidamente no esquecimento.
Não vou dizer que fazer sexo é melhor que fazer amor ou vice e versa, mas que tudo vai depender da situação. Sexo é casual, foi inventado para suprir seus desejos e necessidades físicas (quando se está beliscando azulejo, se é que você me entende!?). Já o amor, para suprir suas necessidades sentimentais.
Ninguém pode viver só de sexo, pois, ninguém pode ser feliz sozinho, e sexo é um ato solitário onde seus desejos (e somente os seus) são importantes e devem ser satisfeitos. Da mesma forma, ninguém pode viver só de amor, porque o amor é um ato a dois (a três, a quatro...), que precisa de sua atenção, carinho, doação, dedicação e principalmente de seu altruísmo! E para viver só de amor, suas dores de cabeça não poderiam existir, seria proibido pensar (durante o amor) naquele sapato maravilhoso (e que logo assim que ele resolver gozar você vai pedir de presente). No amor não há espaço para egoísmo.
Não devemos dissociar o sexo do amor, como também, não devemos afirmar que os dois se confundem. Definitivamente, não se confundem! Eles caminham juntos, são companheiros de uma vida, são nossos companheiros, porque mesmo com o amor de nossas vidas fazemos sexo, pois tudo depende da situação!
Homens ou mulheres, somos todos iguais! Temos sentimentos, vontades, desejos e necessidades. Buscamos felicidade e quando a encontramos não a reconhecemos. Queremos o melhor, e lutamos por isso. Rimos, choramos, brigamos e fazemos as pazes. A única diferença é que os homens vivem e as mulheres tentam viver!
Sinceramente, não entendo porque nos preocupamos com conceitos, pré-conceitos, diferenças e semelhanças. Se é a primeira, a segunda, ou mesmo a última noite que saímos com o cara. Se estamos fazendo sexo ou amor. Enquanto nossa preocupação deveria ser se EU ESTOU FELIZ OU NÃO!
Não podemos esquecer que a vida (até onde sabemos) é uma só e muito curta. Precisamos aproveitar o hoje, o agora, pois, não temos como saber o que acontecerá daqui a um segundo. Temos que fazer o que nos deixa feliz agora. E para isso devemos entender que não há diferença entre amor e sexo, a diferença está no momento em que estamos vivendo; essa história de homem fazer sexo e mulher amor é desculpa de mulher mal amada; e que, de vez em quando, é preciso fazer igual ao Zeca Pagodinho – DEIXAR A VIDA TE LEVAR!
Não estou incentivando a promiscuidade. Não! Longe de mim! Acredito que precisamos ter respeito por nós mesmas, mas É MELHOR SE ARREPENDER DO ATO PRATICADO DO QUE DO ATO NÃO PRATICADO!